SAULO, PAULO DE TARSO
Saulo, Paulo de Tarso,
Doutor da lei no sinédrio, em sua leal posição,
Defendendo de coração,
A Mosaica Lei com critério.
Saulo, Paulo de Tarso,
Perseguidor implacável daquele povo cristão,
Vê ruindo a razão de rabino orgulhoso,
Quando Estevão num discurso zeloso,
Fala do Mestre Jesus como luz na escuridão.
Saulo, Paulo de Tarso,
A caminho de Damasco, de joelhos, luz radiante tira sua visão,
Era o Divino amigo operando a transformação,
De lobo devorador em ovelha de mansidão.
Saulo, Paulo de Tarso,
Adentrando a cidade de Damasco,
Recebe a lição definitiva, em sua cegueira aflitiva,
O perseguido Ananias traz à luz sua visão.
Saulo, Paulo de Tarso,
Com um amor tão profundo, entregou-se todo ao mundo,
Vencendo o orgulhoso Saulo,
Renascendo no humilde Paulo.
Paulo Apóstolo de Tarso,
De mãos no bendito arado, sulca o solo em distantes rincões,
Semeando Divina mensagem segue amparado,
Com o Evangelho de Jesus nos gentios corações.
Paulo Apóstolo de Tarso,
Na crise final do apostolado, arrebatado à vida verdadeira,
Após breve instante de cegueira,
Vislumbra cena consoladora:
Era o Mestre Jesus estendendo mão redentora.
Autor: André Pinheiro
Publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 102
em julho de 2013 - Câmara Brasileira de Jovens Escritores