A CELEBRAÇÃO
Diga-me quem é teu deus e eu te direi quem não és tu
Pois que nem todo mar azul, assim o é quando de perto confrontado
Há vinho estragado, há pão por outro amassado nesse menu
Que mesmo para tantos sendo tabu, pra mim é tema a ser tratado!
Donde procede a fé que é proclamada pela alma desobediente?
Que teima indiferente para tudo que norteia sua farsante devoção?
Se não governa o coração, não passa de mentira que se traja falsamente
É crença descrente, de gente a brincar insanamente com a própria salvação!
De que adianta celebrar teu mito e paganismo meramente consumista?
Que de cristão nada se avista, que presenteia tua fome de possuir?
Se ao que devias repelir, abraças como prática simplista?
Se a festa que se avista é para Deus pecado a Lhe ferir?
Tal como trapos imundos, assim os céus contemplam nossas festas
E a fé protesta, alegando quão vazio anda o coração
Religião é mera oblação cuja ilusão encobre perigosas frestas
Pois uma vida repleta de brechas não pode oferecer perfeita adoração!
Então que se celebre, antes de tudo, o próprio novo nascimento
Que Deus não seja apenas indumento e a fé não vire moda ou ato vão
Que Jesus (celeste Pão) não seja esquecido por quem despreza Seu sagrado sofrimento
E que amá-lO com comprometimento seja o fundamento de nossa celebração!
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"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele." ( João 14:21 )
Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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