A VAIDADE DOS SONHOS
*Elias Alves Aranha
Não sejam vaidosos,
Nem de sonhos esperançosos,
Pois são vãos e enganosos de fato...
Sonhos dão asas aos imprudentes,
Tornam-se indolentes,
São próprios do insensato!
O sonho é como alguém,
Que agarra sombra e vento também,
Isto é o efeito do sonho...
Uma coisa que reflete outra,
Um rosto diante do mesmo rosto,
Assim sendo é ilusão, suponho!
Sonho é um fato impuro,
O que pode sair de puro?
Que verdade pode provir do mentiroso?
Horóscopo e adivinhações,
Ler cartas e ler mãos,
São coisas vãs e enganosas!
São fantasias da mente,
Como as de uma parturiente,
São como bolhas de sabão...
Disto não ocupe a sua mente,
Pois o sonho sempre mente,
A não ser que provém de Deus a interpretação.
Sonhos fizeram muitos errarem,
Caíram os que ficaram a esperar,
Sem apoio estão quem sujeita...
A palavra da Lei sem mentira prevalece,
Na boca de quem é sincero permanece,
Pois a sabedoria é perfeita.