DERPERTAMENTO
A ti que de olhos abertos vives a sentença do torpor
Que nunca se importou com Aquele que te ama e por ti se importa
Que até hoje tens entrado pela larga porta do engano destruidor
E que até aqui não acordou de tua luz escura e tua vida morta!
A ti que deixas para depois a mais urgente dentre todas as deliberações
Que acatas ilações, que andas surdo para o grito amoroso da verdade
Que entendes como cedo o tarde, que dás prioridade às rotas vãs
Que em todas as manhãs desprezas cada nova oportunidade!
A ti que aplaudes com vigor admirado os filósofos da descrença
Que não discernes a diferença entre a maldade e a justiça
A quem a transgressão costumeiramente enfeitiça qual mortal doença
Que com escárnio ou indiferença, pretere a vida, amando uma existência postiça!
Atentas que vai alta já a hora desses dias claramente findos
São mais que lindos todos os adventos de cada sol e sua renovada luz
São em verdade um recado da cruz e um farol para os destinos
Como sagrados sinos que almejam despertar os que caminham sem Jesus!
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"Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende." (Lucas 15:10)