Poesia das tempestades

Em plena fúria eis as tempestades;

Com sua raiva banhando as cidades;

Eu estava na chuva a observar;

Todos os raios que partiam o ar;

Em seguida vinha o som retumbante;

Como o bater de um martelo gigante;

Era o trovão com sua voz poderosa;

Rugindo de uma forma assombrosa;

Os ventos sopravam intensos;

Velozes, incorpóreos e imensos;

A natureza só se atenta a uma lei;

Que é a obediência cega ao Rei*;

E por não respeitar essa força;

Destruindo o que nos foi dado para guardar;

O homem sentirá sua vingança;

Antes dos tempos findar.

* “E ELE repreendendo o vento disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento parou e houve grande bonança”.

Mc 4.37

Luiz Cézar da Silva
Enviado por Luiz Cézar da Silva em 02/03/2007
Código do texto: T398271