DANOS DA LÍNGUA
(*Elias Alves Aranha)
No chão seria melhor escorregar,
Que com a língua no falar,
Chega de pressa a queda dos maus...
Uma pessoa grosseira,
Tem a língua lisonjeira,
E está sempre no caus.
É como uma história inconveniente,
Na boca, mal educada e freqüente,
Seu provérbio ninguém aceita...
A expressão é insensata,
Não é expressiva, a propósito desacata,
E até mesmo o tolo rejeita.
Quem fala dolosamente é profano,
Perde-se o respeito pelo ser humano,
É imprudente, faz acepção e promessa ao amigo.
Mancha pela vergonhosa mentira,
Que na boca dos maus causa ira,
Promovendo por nada, um inimigo.
É melhor roubar que mentir,
O dano da mentira é difícil corrigir,
A ruína, ambos herdarão...
O vício da mentira é desonra terrível,
Com a língua causa dano incorrigível,
As vergonhas sempre os acompanharão.
O Criador deu ao homem o poder,
O domínio de todo ser,
Força, vontade e liberdade para governar.
Com o coração, cabeça e braço,
Domina mares, terra e o espaço,
Só a LÍNGUA não consegue dominar.