ADVENTO
Lembro-me que cantávamos juntos
o triunfo do teu regresso
debaixo das àrvores generosas.
Tinha-mos sempre uma palavra profética
para estancar ás cruentas mazelas sociais.
Porém, as árvores foram estupidamente arrancadas
e uma sensação de insegurança,dúvida
e assaz ameaça, agora sangra...
Todo aquele fervor de expressão
da fé no impossível,
agora é cinza e névoa
em nossos olhos tempestuados de apatia.
Mas a canção,
que movia mares de um indecifrável céu
são águas volumosas e límpidas
que correm ao encontro.
Propondo o retorno
para a a Vida que nos lava
da subversão deste mundo perdido,
desagravando os ouvidos
para que possamos ouvir finalmente
quando ele nos chamar
pela última vez !