Cadáver Suicida
Lânguido em meu desfalecer
Privado de ombro amigo
Desiludido por vil prazer
Disse que estarias comigo!
Meu orgulho miserável
Tornou-me ser repugnante
Cai em momento lastimável
Socorreu-me, não obstante!
Egoísmo e mesquinharias,
Cegaram meu tato sentimental
Estava morto, ainda em vida
Mas amastes o infame, o imoral.
Incompreensível ao meu ver
Mas sem Ti, onde eu estaria?
Este defunto queria morrer
Livrastes um cadáver suicida!
Mérito a Ti, poderoso Senhor!
Salvaste o louco, solitário
Jazia em tristeza e rancor
Trouxe paz, vida, és Glorificado!