Devoção
No perfil da sociedade iconoclasta
Há um constante burburinho de preces,
É a mitologia que se rejuvenesce
No seio de uma ideologia que se desgasta.
Mesmo numa seara de muitos deuses
Houve reverência a uma força desconhecida,
Luz solitária que governa todas as avenidas
E que dá aos insensíveis pagãos infinitos adeuses.
Não há como levar a vida no retrós,
A divindade suprema habitou entre nós
E vive a monitorar em consolos nossos corações...
Desfaçam-se todos os sintomas de alegoria,
Apaguem-se os meandros da pseudo idolatria
A fim de que se cultive a santidade das emoções!