Não há nada melhor

Não há nada melhor

Do que de mansinho

Assim, bem baixinho

Beirando um sussurro

Você se achegando

Quase de fininho

Falando de amor

Que de olhos fechados

Sem provas, sem nada

Sem disse-me-disse

Sem tal rebuliço

Sem mais nada disso

Você me falando

Sem tirar nem pôr

Não há nada melhor

Que de cara, no ato

De imediato

Nas coisas sutis

Eu ouvindo sua voz

Como uma melodia gostosa

Que eu tanto estudei

Quando aos berros, gritando

Minha alma te ouvindo

Cantando educado

Sem muito mais prosa

No tempo e no tom

Fazendo esse som

Para o qual me prostrei...

Jacqueline Rezende
Enviado por Jacqueline Rezende em 23/02/2012
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3514555
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