Não há nada melhor
Não há nada melhor
Do que de mansinho
Assim, bem baixinho
Beirando um sussurro
Você se achegando
Quase de fininho
Falando de amor
Que de olhos fechados
Sem provas, sem nada
Sem disse-me-disse
Sem tal rebuliço
Sem mais nada disso
Você me falando
Sem tirar nem pôr
Não há nada melhor
Que de cara, no ato
De imediato
Nas coisas sutis
Eu ouvindo sua voz
Como uma melodia gostosa
Que eu tanto estudei
Quando aos berros, gritando
Minha alma te ouvindo
Cantando educado
Sem muito mais prosa
No tempo e no tom
Fazendo esse som
Para o qual me prostrei...