E foi assim...
Nós dormíamos no sono e inércia da eternidade
Turrões de terra espalhados pelo chão, pedaços de nada
Pobres restos mortais de um quinhão
E na dança da criação
Beilando pelo universo pisaram pés divinos sobre nós
Amassaram nossa rudeza e fez-nos pó de existência crua
Juntou com mãos divinas nossa matéria ainda nua
Forjou um novo ser... e disse:
_ Seja! Sobre as mais sublimes coisas que vicejam!
Olhou-se o olhar divino no espelho eterno
E a face divinal se esmaeceu no alfa e no ômega da felicidade
Olhou-nos fragéis seres tirados do nada
Submetidos a seu grande poder
Colocou dentro de nós o seu querer divino,
Soprou-nos nas narinas fôlego de seu próprio ser
Falou-nos de poder e semelhança,...
Pediu: _ Criança cuide do que é meu!
Deu-nos o mundo e tudo que criou...
Nos céus, os móbiles de estrelas pendurados
Na terra, os verdes campos e seus frutos a nós deixados
Falou ao ser infante sua vontade:
_ Te fiz criança, para a eternidade,
Vivendo na tutela de meu amor!
De tudo podes, mas a bem da verdade,
Só não toques no fruto que é meu...
Teimosa, quis provar do fruto doce
Uns dizem ter o gosto de maçã
E outros pensam ser de hortelã
Quem sabe? Não se lembra a humanidade
Envelheceu, deixou de ser criança
Perdeu do Paraíso a lembrança
Aprendeu sentir inveja e vaidade,
Deixou sua pureza da infância
Quando corria livre e fagueira, sem saber
Que existia o bem e o mal na gente
Depois que deu ouvidos à serpente,
E foi pular com ela o carnaval...
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 20/02/2012
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Obs.: Releitura da criação humana... Aqui carnaval (= festa da carne, a criança se prostituiu com serpente - baco, deus da carne), não precisam concordar, mas do pó, deu-nos Deus poder e autoridade, e nós optamos por ser cinzas...depois da quarta feira de carnaval...
Nós dormíamos no sono e inércia da eternidade
Turrões de terra espalhados pelo chão, pedaços de nada
Pobres restos mortais de um quinhão
E na dança da criação
Beilando pelo universo pisaram pés divinos sobre nós
Amassaram nossa rudeza e fez-nos pó de existência crua
Juntou com mãos divinas nossa matéria ainda nua
Forjou um novo ser... e disse:
_ Seja! Sobre as mais sublimes coisas que vicejam!
Olhou-se o olhar divino no espelho eterno
E a face divinal se esmaeceu no alfa e no ômega da felicidade
Olhou-nos fragéis seres tirados do nada
Submetidos a seu grande poder
Colocou dentro de nós o seu querer divino,
Soprou-nos nas narinas fôlego de seu próprio ser
Falou-nos de poder e semelhança,...
Pediu: _ Criança cuide do que é meu!
Deu-nos o mundo e tudo que criou...
Nos céus, os móbiles de estrelas pendurados
Na terra, os verdes campos e seus frutos a nós deixados
Falou ao ser infante sua vontade:
_ Te fiz criança, para a eternidade,
Vivendo na tutela de meu amor!
De tudo podes, mas a bem da verdade,
Só não toques no fruto que é meu...
Teimosa, quis provar do fruto doce
Uns dizem ter o gosto de maçã
E outros pensam ser de hortelã
Quem sabe? Não se lembra a humanidade
Envelheceu, deixou de ser criança
Perdeu do Paraíso a lembrança
Aprendeu sentir inveja e vaidade,
Deixou sua pureza da infância
Quando corria livre e fagueira, sem saber
Que existia o bem e o mal na gente
Depois que deu ouvidos à serpente,
E foi pular com ela o carnaval...
Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 20/02/2012
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Obs.: Releitura da criação humana... Aqui carnaval (= festa da carne, a criança se prostituiu com serpente - baco, deus da carne), não precisam concordar, mas do pó, deu-nos Deus poder e autoridade, e nós optamos por ser cinzas...depois da quarta feira de carnaval...