ÁRVORES DE PEDRA

ÁRVORES DE PEDRA

Na vasta floresta de pedra

Perdido e sem direção,

Vagava uma alma solitária

A procura de salvação.

Ao dobrar a primeira esquina

Uma grande árvore encontrou,

Estava cheia de belos frutos,

Mas a sua fome não saciou.

Continuando a procurar

Deparou com uma árvore seca,

Podia até ver o céu,

Mas a insatisfação era a mesma.

Não desistindo prosseguiu

E uma pequenina árvore avistou,

Ficou debaixo dela por um tempo,

Mas do seu fruto logo enjoou.

Até mesmo árvores sem galhos

Em suas andanças conheceu,

Mas seus frutos estavam bem altos

E delas logo esqueceu.

Tinha também na floresta

Algumas árvores incríveis,

Crescia da noite para o dia

Sem mostrar suas raízes.

E pela vasta floresta de pedra

Eis que uma árvore nova encontrou,

Estava junto aos ribeiros

E dela se alimentou.

Sua sombra refrescante,

De uma doce calmaria;

Uma paz perfeita e eficaz,

Que nas outras não existia.

Ali prosperando,

Uma nova família formou,

Hoje colhe e dá frutos

Dessa árvore que um dia o amou.

Paulo de Tarso Reis Ribeiro

Paulo de Tarso Reis Ribeiro
Enviado por Paulo de Tarso Reis Ribeiro em 17/01/2007
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