ÁRVORES DE PEDRA
ÁRVORES DE PEDRA
Na vasta floresta de pedra
Perdido e sem direção,
Vagava uma alma solitária
A procura de salvação.
Ao dobrar a primeira esquina
Uma grande árvore encontrou,
Estava cheia de belos frutos,
Mas a sua fome não saciou.
Continuando a procurar
Deparou com uma árvore seca,
Podia até ver o céu,
Mas a insatisfação era a mesma.
Não desistindo prosseguiu
E uma pequenina árvore avistou,
Ficou debaixo dela por um tempo,
Mas do seu fruto logo enjoou.
Até mesmo árvores sem galhos
Em suas andanças conheceu,
Mas seus frutos estavam bem altos
E delas logo esqueceu.
Tinha também na floresta
Algumas árvores incríveis,
Crescia da noite para o dia
Sem mostrar suas raízes.
E pela vasta floresta de pedra
Eis que uma árvore nova encontrou,
Estava junto aos ribeiros
E dela se alimentou.
Sua sombra refrescante,
De uma doce calmaria;
Uma paz perfeita e eficaz,
Que nas outras não existia.
Ali prosperando,
Uma nova família formou,
Hoje colhe e dá frutos
Dessa árvore que um dia o amou.
Paulo de Tarso Reis Ribeiro