Valha-me Deus!
Valha-me Deus
Como , Senhor?
Se somos humanos,
como mentir fraquezas,
Não somos anjos, não somos.
Há dor no corpo, esforço
temos remorso e
aguardamos tudo no dorso.
Mas já nos ofertaste o céu
de onde teu filho desceu
em cruz agonizante.
És o amor, não acabas,
És a foz da alma,
Para sairmos da rejeição.
Para semearmos o chão.
Se formos regar
a ferradura da guerra,
saibamos do limite
Circunscrito ao nosso corpo :
nosso lar real de pele
igual roupa de algodão.
Mas se olhar o não violado,
ver-te-emos andar ao lado,
a segurar em nossa mão.
Deus , valha-me , Deus!
Senhor, não somos anjos...
quando tentamos viver
o amargo toma gosto
forjado pela emoção,
deixa a tua luz no meu rosto...
e me cura o coração !
Cida Maia