SEM MISTÉRIOS

O vento sopra sem sabor

Vontade alheia, sem ter e por

O rastro, fio de esperança

Riscando do olhar a pujança

Outrora arriscada

Mas, hoje, perfilada

Amanhã, condenada...

No balanço dos olhos

Se distancia o horizonte

Sob formas aladas

Que aos poucos vai se espargindo

Se desconstruindo

Misturando-se ao vazio

Como que bocejando

Sob denso véu...

Certeza plena:

Aos escolhidos não engana

Qualquer brilho de olhos

E não há tão distante horizonte

Que a resposta não alcance

E as trevas se dissipam

Como sorriso da manhã!

09/08/2011