Quão silencioso pode ser...
O sol se pondo
Atrás dos ombros
Ou num leve piscar
De olhos sonolentos.
No lânguido abrir de pétalas
De escravas rosas, submissas.
O canto mavioso
Das aves na primavera.
A noite descortinando
Seus densos véus
Sob a lâmina cortante
De sorrisos falseados
Com suas luzes opacas
E o cheiro forte do tédio.
O vazio da solidão
Nos albergues abarrotados
De razões sem sentidos
Sentimentos espavoridos
Enlaçados aos óleos e álcoois
Dos desencontros mundanos.
Não ouvir a voz
De nosso Senhor
E salvador...
26/07/11