Vilipêndio de Sophia
Sophia é musa bela,
sem parâmetro algum,
andeja alheia à nobreza,
à alegria ou tristeza,
até entre o povo comum.
Qualquer pano veste bem,
elegância tá na veia,
até a salva singela,
é enobrecida por ela,
e no fundo, nem é feia.
Sangra às vezes sim,
ante insensato toque,
ao vermos disparar canhão,
aqueles cuja aptidão,
ainda é pra bodoque.
Claro que a mãe coruja,
tem “noções” de formosura,
vilipêndio à Santa luz,
por apelidarem de cruz,
as suas sendas escuras.
Diante desses algozes,
o dano não é pequeno,
profanam o Sacerdote,
escrevendo “mel” no pote,
que Ele escrevera, “veneno.”
O desprezo da instrução,
é sopro que vence a chama,
o cão de volta ao vômito,
vivo o cavalo indômito,
a porca lavada, voltando à lama…