Pois os céus são os céus do Senhor

deito-me do alto da serpente,

qual quem tange a cítara do sol

dedilho as sensações

da queda

entôo salmos, em alumbramento

finco minhas mãos

à Mão da Rocha

caio célere olhos destros centrados

nos sinistros e furibundos olhos da sErpeNtE

que os atém ao alto, amaldiçoando

em língua bífida

o milagre que me permite

à morte em seu dorso

d e b a n d a r

olha o céu que a esmigalha por dentro

odiosa desta sutil estranha maravilha

que me faz cair para cima

ao longe vejo O Calcanhar

ainda pisar-lhe a cabeça,

eu municiado com o sorriso em

lâminas de luzes

que Cristo plantou em meu rosto,

rosa voltaica que a horroriza.

Sammis Reachers
Enviado por Sammis Reachers em 30/11/2006
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