Conta

De sete cores se faz a luz,

o arco-íris desnuda o sol;

o laranja retardatário produz,

a beleza do arrebol.

Sete notas perfazem harmonia,

a música e seu encanto;

sete tempos Nabucodonosor pascia,

até reconhecer ao Santo.

Sete Espíritos animavam Jesus,

quando denunciou à escol;

sete vezes falou da cruz,

contando um ladrão em seu rol.

Sete dias, labor e descanso,

Deus viu o que fizera e era bom;

sete semanas e o Cordeiro manso,

revestiu à igreja com Seu Dom.

Sete igrejas foram exortadas,

nos dias da Revelação;

sete cartas inda preservadas,

entregues pelo carteiro João.

Sete cabeças o monstro profano,

e chifres, tem três a mais;

sete montes, o relevo romano,

que representam os tais.

Sete selos guardam o Livro,

o Cordeiro dirá, até quando;

sete trovões e João ficou vivo,

o mistério que estamos esperando.

Sete milênios, mais ou menos,

desde que Adão pisou na terra;

sete anos de um reino pequeno,

metade paz, metade guerra.

Sete trombetas anunciam o juízo,

quem tem ouvidos, que ouça!

Sete anjos do paraíso,

atalaias do Leão e sua força.

Sete pragas cairão na terra,

o mundo se fará tenebroso;

entre os mortos o louco que erra,

dizendo que sete, é conta de mentiroso…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 17/06/2011
Código do texto: T3040125