Pão

Lá vai Deus, buscando indiferentes,

obtusos, invejosos, combatentes;

Seus instrumentos na terra dos homens,

Para matar minha vaidade de fome.

Segue o Pai, construindo muros,

cercas, redis, recantos escuros;

arrosto, distâncias, mesmo perto,

guardando das miragens do deserto…

Sabe o Criador, dos limites, fraquezas

da face medicinal da tristeza.

Do perigo de falsas conquistas,

do embuste do ilusionista.

Lá vai Deus, cioso da Sua criatura,

Emprestando luz à trilha escura;

Que segurança estar na Sua mão!

Até minhas pedras Ele verte em pão…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 16/06/2011
Reeditado em 16/06/2011
Código do texto: T3037883