OBSERVEMO-NOS
Elogiamos a paciência alheia
Mas, caímos na teia
Da intolerância e da agressividade
Enaltecemos atos de benevolência
Mas, despencamos no abismo da maledicência,
Da indiferença, e da crueldade.
Sonhamos com o paraíso da fraternidade,
Mas criamos o inferno da maldade,
Da separação pelo embate verbal
Preconizamos o trabalho na extensão do bem
Mas, em face da mísera oferta do vintém,
Nos comprazemos na preguiça e no desânimo do falso dever cumprido
Pelo desencargo consciencial.
A fidelidade à retidão moral destrói a hipocrisia
Observando nosso comportamento e a maneira que Jesus vivia
Teremos enfim a dimensão.
A sua essência divina em tudo espelhada
Desperta de nosso íntimo uma falha dissimulada
A ferida aberta na alma pelas nossas incorrigíveis imperfeições.