À SOMBRA DA MÃO DE DEUS
À sombra da mão de Deus
repousa um homem simples:
Os pés firmes
deixam marcas no caminho,
As mãos abertas
amenizam a solidão
A palavra certa
acomoda o espírito
Os olhos leais
repousam o coração.
À sombra da mão de Deus...
há portas abertas
ao regresso,
há olhos despertos
à sofreguidão,
há dias quentes
ao aconchego,
há água pura
à lavação.
Os passos dantes trôpegos,
se firmaram;
Os braços que terminavam nos
bolsos,
se irmanaram em
solidarização;
A terra que era seca,
hoje é fértil e boa;
O dia eclipsado,
se tornou em clarão.
À sombra da mão de Deus
mora um homem simples:
humano e livre,
harmonia e canção,
luz e vida,
espelho e sal
barro e construção.
À sombra da mão de Deus
flui a vida, há guarida e
devoção;
braços abertos, livre acesso e
comunhão;
há hoje e sempre,
vida nova, água viva
rio perene para a eternal
manção.