Salvação
O homem comete muitos desatinos,
Seu livre-arbítrio ultrapassa todos os limites,
O senso pessoal não aceita palpites
E, com isso, lentamente vai se destruindo.
São muitas as facilidades que o mundo encerra
E o pecado imanta-se no eu interior,
Obliteram-se todas as sensações de amor
E o cardápio da conduta não é digno da Terra.
Muitos matutam que tudo podem fazer
E levam a existência de olho no último momento
Programam precocemente um pseudo arrependimento
E aguardam ansiosos uma bênção do magnífico Ser.
Para que o indulto seja relevante e merecedor,
O homem necessita de adestrar para o bem o coração,
Ter em si o exemplo da cruz bendita que traz a salvação
E não se travestir de uma hipocrisia isenta de amor.
Há muitas moradas na casa do Pai,
Lá há espaço suficiente para a humanidade inteira,
Somos filhos prediletos de uma criação pioneira
E a fé reside num absolutismo que não nos trai.
Esta é a relevância de saber-se eterno,
Ter no amor uma fé profunda,
Livrar-se dos malabarismos de uma vida infecunda
A fim de não perecer para sempre nas chamas do inferno!
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