OS DOZE PROFETAS


Eis os centinelas da fé.
E todos aqueles que duvidarem de uma letra
Não devem avançar além destes umbrais.
A senha, se os profetas são centos,
Uma centúria lhes basta?

Traga ante a Isaías os atilhos de Órion,
Quem clamou a Deus por Emanuel.
Antes que te despoje de teus gládios
Ele te chamará pelo nome.
Há uma brasa em seus lábios.

Antes destas pedras sairem da mina
Destinado ao filho da negra Isabel era o entalhe.
Seduziu estas a Antônio com seu punção.
-Volta ao Senhor antes de avançar.
Jeremias escreverá em vosso coração.

Galga os alpendres pelos degraus dos justos:
Baruch, da mesma jazida...
Leia em seu poético manto:
Como pode a pedra predizer a carne?
Como pode a lágrima reverter o pranto?!
Como pôde o ar bendizer a ave?!


Alça as pilastras pelo escalada dos sábios
Escultura da mesma montanha voluta.
Tua mãe é tesoureira dos céus?
Ela perguntará ao fidedigno.
Sobre o sopro da vida, ouviu Ezequiel.

Lança ao átrio os teus sonhos
Para alimentar o leão.
Caso o faminto reclame tua carne ainda
Daniel fará uma oração:
Repita- a com ardor para que sobreviva.

Nos caibros da fé vive-se eternamente
Na forma das vergônteas da oliveira.
Oséias, sábio do amor
Reflexo da fidelidade
Promessa de esplendor.

Não fuja da tua missão.
Venha a Jonas a tua peregrinação
Que mira aos céus como se fosse o ventre
Da baleia que o salvou.
De Deus nós somos entes.

Aviva-te, se puderes, mais que a pedra
Para invocares ante Joel
O Santo nome do Senhor.
Esculpida a tua prece,
Teu nome no pergaminho do Salvador.

Ponha figos em sua mão.
O alfaiate de Amós talhou sua veste
Como a pétala entalha a flor.
Apruma, pois a tua obra.
Estais diante de um poeta e pastor.

Por ele as rochas foram fendidas,
Naum, oráculo do Senhor dos Exércitos.
A confiança em seu opúsculo, nas entranhas.
Mensageiro da Boa Nova
Que vem sobre as montanhas.

Colocarás o teu ninho no alto penhasco?
Abdias o exorta a refletir
Sobre a tua ambição.
Em sua breve testamento
Não esteja a dúvida no teu coração.


Habacuc voou arrastado pelos cabelos
Pelo anjo do Senhor
Para alimentar o profeta na cova.
O Senhor está em seu templo.
Recita suas tábuas.

Não são estes os trabalhos de Hércules:
Unir os povos e os continentes?
Por terem cuspido no chão do paraíso
Não foi este povo banido à África?
E desfaz os seus músculos para isso?


Podes agora adentrar ao templo.
Pelos guardiões da fé antiga
A bula concede em poesia.
O Novo Amor será o teu guia.
De glória seja esta profecia.





Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 13/02/2011
Reeditado em 21/02/2011
Código do texto: T2789780
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