MARCAS DE UMA OFERENDA
Marcas de uma oferenda
Ofereço meu pai, não a hóstia que alimenta o espírito na igreja
E nem o vinho que embriaga, o teu martírio do sangue derramado
Ofereço sim meu pai... A tua cicatriz como oferenda
Dos desvalidos... a tua sede como bálsamo
Diante dos que pensam que choram pela dor
Te ofereço meu pai a tua gólgota como escritório dos desempregados
Te ofereço meu pai o teu semblante de paz
Aos que perderam os seus perdidos
Ofereço o mesmo semblante aos desvalidos que se encontraram
Te ofereço meu pai levar a tua palavra...
Como uma flor que se deixa morrer...
Mas que ainda se transforma no aroma de sua dor na fluidificação
Transmutou-se em outro aroma... te ofereço ò meu pai
A ser o azeite dos que tem fome de luz
Porque eu aprendi que tua cruz é minha salvação
A tua cruz é o meu peso que nela carregas...
Jasper de Castro Carvalho