PAI NOSSO
Pai nosso que estais no céu!
Onde o seu real endereço?
Porque todo viver tem um preço,
Tão amargo como fel?
Santificado seja vosso nome
É o que no silêncio clamo,
E no desespero te chamo
Para saciar a minha sede e matar a minha fome.
Vem à nós o reino vosso
Onde descansar meus passos,
Neste caminho que traço
E no limite que posso?
Seja feita a vossa vontade.
Porque tens o poder nas mãos,
De me afastar da ilusão
E de aceitar tudo como pura verdade.
Assim na Terra como no céu.
Ou em qualquer outro lugar,
Ensine-me sempre a lutar,
E tirar de sua face esse véu.
O pão nosso de cada dia daí-nos hoje
E também o alimento para a minha alma,
Em busca de refúgio e de calma,
E que as vezes sente o horizonte tão longe.
Perdoai as nossas dívidas,
E enxergar as minhas falhas,
Não desistir da batalhas,
E de tantas outras faltas contraídas.
Assim como perdoamos nossos devedores.
Mas me dê para isso coragem
E agir como somente os humildes agem
E as criaturas de espírito superiores.
E não nos deixei cair em tentação
Ante o cálice oferecido.
E se eu não houver resistido
Fracassarei sim pela minha decisão.
Mas livrai-me de todo mal.
É tudo que peço arrependido,
De suas leis não ter cumprido
Ou de não te-lo reconhecido afinal...
Assim seja
Aqui!
Ali!
Além!
Amém!