Nestas minhas desventuras
pobre criatura que eu sou..
encontro nas palavras
santas e benditas
refrigério para todas as agruras
Conforto nos momentos de minha dor
Se na carne me aflige a moléstia
Se no espirito me aperta a insatisfação
Eu sei que sou homem e sinto
as dores que à todos consomem
E que não há tempo para lamentação.
Me equilibro entre o céu a terra
materia frágil e sensível...
Que por um minuto envolvida
em santo espirito... descansa.
Não eu não espero um milagre..
Nem mansões, nem ruas de ouro
meu tesouro é reconstruir-me
Rumo ao que eu creio ser..o santo amor
Amor que une homens distintos
em raças, em credos, em valor
e nos iguala ao Criador...
Não negarei a minha fé
Minha esperança é..
de manter-me em pé
Diante da minha fraqueza..
Eu creio que haja
Além de tudo o que eu vejo
Um ser de imensa beleza
Que me reconhece..
E eu o vejo em olhos alheios
O meu ser imperfeito, refletido
Meu espirito se aperfeiçoa
Crendo na centelha divina
Que em nós todos habita!