Equilíbrio  



Nestas minhas desventuras

pobre criatura que eu sou..

encontro nas palavras

santas e benditas

refrigério para todas as agruras

Conforto nos momentos de minha dor



Se na carne me aflige a moléstia

Se no espirito me aperta a insatisfação

Eu sei que sou homem e sinto

as dores que à todos consomem

E que não há tempo para lamentação.



Me equilibro entre o céu a terra

materia frágil e sensível...

Que por um minuto envolvida

em santo espirito... descansa.


Não eu não espero um milagre..

Nem mansões, nem ruas de ouro

meu tesouro é reconstruir-me

Rumo ao que eu creio ser..o santo amor


Amor que une homens distintos

em raças, em credos, em valor

e nos iguala ao Criador...


Não negarei a minha fé

Minha esperança é..

de manter-me em pé

Diante da minha fraqueza..


Eu creio que haja

Além de tudo o que eu vejo

Um ser de imensa beleza

Que me reconhece..


E eu o vejo em olhos alheios

O meu ser imperfeito, refletido

Meu espirito se aperfeiçoa

Crendo na centelha divina


Que em nós todos habita!



Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 13/12/2010
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