Poesias dos salmos
Salmos 23
Louvado seja nosso bom Senhor,
Que nos conduz e nada deixa faltar,
Nos vales escuros Seu louvor,
É dado pelos que estão a te amar.
Pois o óleo é um balsamo de alívio,
A esta vida cansada sem os pastos
Verdejantes e no mau convívio,
De lobos devoradores, sem rastos!
Ser levado pelo vale escuro e triste,
É descansar à sombra do onipotente,
Na pura confiança que Nele existe,
E sorrir depois tão feliz e contente,
Sabendo que a vara e o Seu cajado,
É só para a ovelha do rebanho amado.
Salmos 121
Quando elevo os meus olhos hoje,
Vejo no céu as mesmas estrelas,
Nas montanhas os mesmos perigos...
E no coração a mesma inquietação,
Quem me livrará das garras cruéis
Desse devorador atrás dos montes?
Devorador não só dos pobres corpos,
Mas que engole também a alma...
E destrói tudo o que é felicidade.
Deixando não somente na miséria,
Mas na mais pura dúvida do amor,
De onde vem, onde está sua fonte?
Mas digo, é o mesmo Senhor do céu,
Que recebeu do rei Davi o louvor,
Não dorme ou cochila, Ele É o amor.
Salmos 91
Eu me escondo no Seu seio
É esconderijo impenetrável,
Fortaleza de amor, sem receio,
Descanso no peito venerável.
Sempre vou dizer do Senhor,
Grato sou por tua proteção,
Quantos caíram sem esse amor,
Ao meu lado, entregue à solidão!
Há castigo para ímpios e maus,
Mas eu o invoquei e Ele ouviu,
Livrou-me de pedras e paus...
A Sua misericórdia olhou e viu,
Minha angústia quando clamei,
E sua salvação para sempre terei.