VERDADES NO INFERNO

Te encontrei na rua do desespero

Atolado num lamaçal, que chegava no queixo.

O estrume me envolvia, nessas noites em meus dias.

Estagnado, sem nada o que fazer,

Aguardava um milagre; só não sabia de quem...

Ou até sabia... ali, o rei era o cão!

Mas quem apareceu, não foi ele não.

Naquelas minhas noites, ora quentes, ora frias,

Houve muitos invernos, mas também houve verões;

Isso tenho que admitir...

Nós, se não tivermos distúrbios mentais,

Não gostamos de sentir dor.

Principalmente por muito tempo.

Então minhas noites nesses dias

Não foram de todo ruins, ou dor...

Houve prazeres, alegria, amores.

Só que tudo era efêmero,

O que mais se perpetuava, era a tristeza.

Nessa rua do desespero, há muitas transversais;

Rua da ilusão, rua do engano,

Rua da jactância, rua da luxúria,

Avenida da prostituição, av. da mentira,

Alameda do pecado, praça morte...

Por todas elas transitei, até na praça

Por muitas noites dormi.

Andando sempre nesse bairro

Cheguei na rua do desespero.

Lá é um aglomerado de gente;

Uns 20cm quadrado para cada um...

Ali verdadeiramente há

“Choro e ranger de dentes!”

Ali é o inferno particular dos perdidos,

Pessoas vivas que caminham mortas em si...

Lá, verdades se faz presente (verdades da luz).

“Quando esses perdidos se unem em dois ou mais

com seus corações arrependidos, quebrantados

e clamam à Deus seu perdão, uma nova chance;

novamente o Pai manda o Filho

para nos libertar através do Espírito Santo

que nos convence do pecado, justiça e juízo!

Nesse convencimento vem o arrependimento verdadeiro

E com ele, o nascer no espírito.

Somos transportados da rua do desespero

Para a Rua do Renascimento

Atravessando pela Avenida da Esperança,

Subindo a Alameda da fé

Chegando à Praça da Vida

E lá, não dormir no banco,

Mas estar assentado no colo do Pai

Sendo por Ele perdoado, curado,

Tendo as feridas lavadas pelo sangue de Cristo.

O único sangue vermelho que ao me lavar

Me torna alvo, cândido,

Tal qual um recém-nascido

Que do passado nada tem escrito.

Mas diferentemente de um bebe

Que no espírito traz o pecado de Adão;

O sangue de Cristo deixa límpido o coração,

Limpando meu espírito nesse renascimento.”

Agora lavado, limpo, consolado,

Glorifico o Pai no Filho

Com salmos, hinos e testemunhos...

Louvando esse Deus único,

Que me amou tanto ao ponto de sair

Do seu trono de luz,

E ir me resgatar, na rua do desespero.

Por isso não me canso de dizer:

SANTO; SANTO; SÓ TU ÉS SANTO JESUS, O CRISTO!

PEREZ SEREZEIRO

José R.P.Monteiro – SCSul SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 22/11/2010
Código do texto: T2630926