Deslembrar
Esquecer, talvez... E depois lembrar
Ou deixar perdida a desarmonia
Da falta do perdão e do vazio da alegria
Quando só o que resta é deslembrar.
Se a face de quem me segue fico a olhar
Crescendo o desamor de todo dia
Desdenho o ser que eu louvaria
Em troca do gosto doce do perdoar.
Como é fácil o amor que damos
Do apreço ao amigo que amamos
E a alma se compraz tão bem!
Mas se escondemos o amor no abrigo
E não amamos o nosso inimigo
Que valor então isso tem?