PECADOR ARREPENDIDO

Parece que tudo caiu no caminho

E minha alegria ficou para trás

A pétala bela tão cândida assaz

Manchou-se na sânie, manchando o seu ninho,

Sujando de pronto o mais lindo do arminho,

Quebrando a aliança no fogo forjada

Esplêndida e leda, por Deus amparada

No tempo de dor, solidão, sem amigo...

Agora ela leva o mais triste castigo

E pede perdão com sua alma lavada:

Senhor poderoso, Senhor inefável,

Senhor dos senhores, dos céus és Senhor,

Senhor dos remidos tu tens grande amor,

A graça das graças, tu és confiável

E tua justiça pra mim é viável

Porque não me trata segundo meu “eu”,

Tu tens teu amor que jamais é proteu

Acaba – eu te peço – com essa discórdia

E dê-me o perdão com a misericórdia

E meu pensamento será sempre Teu.

Pois, lembro-me tanto do tempo passado

Que eu era sincero em qualquer atitude

E minha palavra era amor e virtude

E ledo meu riso, por muito almejado

Talvez referência pra o pobre aleijado

Que nunca tivera o perdão, meu Senhor;

por isso que o humilde, este vil pecador

te pede: restaura-me e dê-me acalanto

na hostil levadia e momentos de pranto,

pois não sei viver sem o teu grande amor.

Coloque em meu ser coração virtuoso;

Que eu sempre perdoe o meu vil magoador,

Que eu tenha o quebranto e que seja o fautor

Levando a brancura do amor, paz e gozo

Ao mundo perdido e completo leproso;

Que vejam em mim a mais pura verdade,

Um ser possuído por tua humildade

E toda tristeza que habita em meu ser

Não seja levante pra o mal ter poder

De vir contra mim com astúcia e maldade.

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 08/09/2010
Reeditado em 02/10/2010
Código do texto: T2485877
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