PERDOA-ME
PERDOA-ME!
Perdoa-me por ter dado o beijo,
Tu não merecias este ato cretino,
nem estar aí por meu intenso desatino,
por minhas culpas que as levo em feixe.
De braços abertos, não é teu lugar,
por minha causa, isso não Lhe é digno,
Teus olhos cobertos, não quero olhar,
pra minha vida... interna pausa, meu signo.
E a olhar para Ti com meus olhos fechados,
vejo de sangue Teus olhos manchados,
cansado está o Teu queixo,
e a contemplar Teu ato perfeito, deito.
E bravo depois de tudo feito, na Cruz.
Sem temor cravo a espada no peito, Eterna Luz.
SACRÁRIO. Edinaldo Formiga. São Paulo: 02/07/10