Insensibilidade Consciente

Quando a chuva cai

Eu penso cá comigo, bem profundo:

Esta água vai limpar o mundo

E nela toda injustiça se esvai.

Pura ilusão do meu pensar,

Fantasia que acalento na alma,

É como ver a vaga que se acalma

Em sintonia com os mistérios do mar.

Deus fez do homem um ser inteligente

E lhe deu como prêmio a liberdade,

Mas o homem se esquece que um dia a Divindade

Cobrar-lhe-á cada ceitil do seu presente.

O mundo é imenso e profundamente belo,

Perfeito em cada ponto da natureza,

Mas as ações humanas transformam sua beleza

E esquecem que o amor renasceu no prego e no martelo.

Às vezes durmo sem vontade de viver,

Pois não concebo o preço da infidelidade,

Esta é uma grande injustiça da humanidade

Que só se interessa pelo trivial que dá prazer.

Nesta arena em que o amor deveria prevalecer

A dor é o retrato que machuca o coração,

Então acordo com a força de um leão

E me ponho a orar pelo destino de cada ser.

A insensibilidade do homem o põe num torvelinho

E na madrugada fria se tratam assuntos de guerra,

A fome daninha castiga e desterra

Deixando o homem desobediente abandonado e sozinho.

Em meus devaneios ainda reina a esperança

De um mundo de paz, justiça e cheio de emoção,

Que o homem se toque e acenda a luz do coração

Para que na madrugada fria, mesmo sem perceber,

Deus chegue e segure a minha mão!

Ivan Melo / Lucas Alves

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 30/07/2010
Código do texto: T2408980
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