O QUE SOU
Sou a sede saciada por meu Criador,
Sou a fome da Palavra rica de sabedoria,
Sou o movimento estancado na Verdade,
Sou a lágrima do sorriso escondido,
O som do alto sem alarido,
A alegria assistida pela vitória na luta,
A espada de dois gumes me alcançou,
Fui saciada quando por mim Ele lutou,
Renascida, quando por mim Ele na cruz se sacrificou,
Sou a rosa do perfume que Ele deixou,
O brinquedo da criança que vive de Sua Esperança,
A seriedade que na Verdade brotou,
A semente que foi nutrida pelo Teu grande amor,
Sou a face de quem muito sofreu,
E a face de quem muito herdou,
A alegria que como ponte atravessei
Desde que o recebi como meu Salvador, meu Rei,
Sou o choro do peito da mãe que a criança desmamou,
A sensibilidade quando todos nesta cidade
Já não acreditam mais no bem,
Quero meus olhos abertos para o certo,
Para o renovo, para levar a Salvação aos perdidos
E mansamente falar do Teu eterno amor,
Sou a pecadora, a que erra, a que falhou,
Também sou em Ti a abstinência da insanidade da carne,
A imperfeição que agarra-se em Tua santidade,
Assim, sou santificada a cada dia,
Assim sou levada a Ti e vejo que diminuíram meus erros,
Corri tão forte para Teu acerto que hoje meu peito
Sem aperto recebe e dar o amor a cada irmão,
Ao que necessita do ombro amigo,
Aos que são tachados, criticados, zombados por grande multidão,
Aos que são humilhados por certas decisões,
Sei que existo para isso, para ser ponte que
Atravessa Tua fonte para a sede de todos saciar,
Sou instrumento tocado por Tuas Mãos,
A canção dos cegos, dos surdos, mutilados, humilhados,
Sou tanto em Ti que já não sei quem sou,
Sei quem fui, e não quero voltar a ser,
Sê Tu em mim, apaga tudo em mim
Para que eu brilhe em Ti em meio a tanta escuridão.
Acalenta Senhor os que estão longe de Ti,
Usa-me como um imã a atrair os pequenos,
Assim sendo, eles tornarem-se grandes, gigantes,
Quando aceitarem o Teu grande amor,
Quando beberem de Tua fonte,
Quando subirem todos os montes
Em nome do Senhor.
Amém.
Tua filha: