PAI, AS VEZES
Pai, as vezes...
Meu silêncio fala mais que todas as palavras,
As dores soam num ritmo insistente de socorro a Ti,
Meus gritos emudecem, e vem Teu aquecimento em minhas cordas vocais, e oro...
E Tua chama ardente aquece meu coração quando este parece esfriar.
Pai, as vezes...
No compasso hodierno minha inquietação encontra Tua quietude,
E tudo parece um quadro pintado na tela emoldurada da história viva da minha existência, e tudo parece cálido, plácido...
Pai, as vezes...
Os movimentos parecem vãos...
Minha mão, no segurar com firmeza a caneta,
Fica dando voltas malabarísticas ao escrever as tantas voltas que a vida dá.
Pai, as vezes...
No frio vem o calor,
Na incredulidade, enraíza-se a fé,
E o Teu milagre acontece,
Aquietando meu ser tão cheio de interrogações.
Pai, as vezes...
E SEMPRE, sou renovada pela Tua misericórdia crescente em mim,
E vejo afinal que em todas as vezes Tu provastes que
SÓ TU PODES, FAZES, SÓ TU ÉS DEUS,
E TUDO É FEITO AO TEU MODO,
NO TEU TEMPO!
Te amo Senhor!
Tua filha: