Oh, Cristo!
Vezes de passam
em que as palavras
teimam em escapar
e a voz morre no vazio
de colorido templário
que ofende o olhar
que singra pelo espaço
páginas de afeto
corrosivo em emoções
das mais profundas
E do mais interior
brotam lágrimas
que não fazem sentido
a nenhum dos sentidos
que atabalhoados
perambulam na labirintite
iluminada de luso fusco
Fogo fátuo da solidão
pensamentos mirabolantes
tonitroantes como dantes
E quando o peito aperta
numa cãibra lancinante
os olhos de fecham
os lábios se calam
joelhos se prostram
e o coração balbucia
Oh, Cristo!