DESLIZES

Terras deslizam

Montes vem abaixo

A angustia e o lamento

Misturados ao barro

Vidas são ceifadas

No calar da noite

Populações abandonadas

Romaria atrás de pernoite

Este mundo desmorona

O caos de carona

A lascívia matrona

Controlando o poder

Mudando a forma de viver

Determinando o ocorrer

Elegendo o apodrecer

Corpos amontoados

O publico abarrotado

Com tantos condenados

Não há lugar imune

Não há paixão impune

A cruz longe um lume

Pálida fagulha na escuridão

Os olhos embotados de lágrimas

Refletem almas pálidas

Órfãs de salvação

Pedras no coração

O governante deste mundo

Deve estar rindo, o imundo

Isso é sua semente

Pensamento insano demente

Mas, mais um dia passa

E seu fim se assoma

No horizonte

Já vejo o refulgir

Da glória de Deus!!