Procurar ainda
Quantas vezes se quis procurar
Além dos montes além do mar
Algo que pudesse consolar
Uma madrugada sem findar
Olhos então entediados
Sem visão, embaçados
Ficam do nada, marejados
Mas o que se passa?
Os profetas apedrejados
Com seus olhos ensangüentados
Apenas miram os condenados
E seus corações empedrados
Procurar enquanto se pode
Pois o tempo se esmiúça
Enquanto se pode achar
Pois o tempo já vive o ocaso!