Súplica.

Súplica.

Pai,

Eu não sei como deixei acontecer.

Quando eu dei por mim

estava perto de me perder.

Ví então que eu não consigo

Ser aquilo que animas a ser.

Ví que ser só, não posso!

Vi que só, não sei viver!

Pai

Meu tropeço, machucou-me

E por favor Oh! Deus me ouve

Preciso do teu perdão!

Não sou como eu pensava

Não sou forte, não sou nada!

Se não estiver em tuas mãos.

Pai,

Sei que não me lançarás fora

Mesmo assim minha alma chora

Parece ter sido tão em vão.

Me conforta Deus te peço

Me ensina, me resgate

Estou presa na maldade

Que há em meu coração!

Pai,

Tenho feridas sangrando

Tenho um cansaço imenso

E o pouco que em mim carrego

É só enfado e tormento

por culpa dos pecados meus.

E se não fores por mim agora

Sei que não suportarei

Viver no mundo ladino

Com o coração feito menino

Precisando dos afagos seus!

Pai,

Sei que nada de ti mereço

Nem graça, nem teu perdão

Mas clamo num último gemido

Que me tenhas compaixão!

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 18/03/2010
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