O VERDADEIRO PÃO

O VERDADEIRO PÃO

É uma madrugada escura e plangente:

De uma sexta-feira isenta de estrelas

Sobre o imenso oceano o horizonte pleno

Uma brisa suave acaricia o rosto da gente

E ao contemplar o portentoso cenário

De resplendor nesta privilegiada visão

Em que as folhagens dos coqueiros

Acolhem o reflexo de luzes em profusão

E das ondas sopradas pelos ventos

Emergem um canto sonoro, singular

Que deixam desenhos de brancas espumas

Molhando a areia fina do mar.

E nesta rede gostosa e macia, leio e releio

As históricas palavras do mestre Jesus

Que diante daquele que recém expulso do lar

Arguía arrogante o próprio filho de Deus.

O qual desafiava o poder do Jesus amado

Para transformar grandes pedras em pão

Ou então o Senhor jogar-se do alto no abismo

Ou prostrado adorar o anjo rebelado.

E Jesus após longos e sofridos quarenta dias

De um jejum em pleno e grande deserto

Sozinho e não tendo ninguém por perto

Assim declarou ao anjo sagaz, outrora tão belo:

“A vida do homem ...

não consiste na abundância dos bens que possui ^(Lc 2:15)

“porque nem só de pão viverá o homem...

mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4:4)

Gilberto Maia Lorenzo
Enviado por Gilberto Maia Lorenzo em 22/01/2010
Código do texto: T2044075