Cura Indireta

Perguntou o mestre a um cego que o encontrou:

Tu podes crer que eu posso te curar,

De tal forma que possas enxergar?

Creio, disse o cego, e junto a ele ficou.

O cego, paciente esperou o Senhor,

Sabia que ele era o messias de Israel,

E o podia livrar da cegueira cruel;

Por isso, recorreu ao seu grande amor.

Jesus vendo que nele havia fé,

Antes que pudesse se embaraçar,

Untou seus olhos e os mandou lavar

Lá na velha cisterna de Siloé.

Jesus podia ter logo lhe curado,

Mas quis fazer a obra indiretamente.

O cego foi ao tanque ligeiramente,

Fazer o que o Senhor tinha mandado.

Ao ir ele a fonte a multidão o seguiu,

Ao chegar a cisterna logo baixou-se.

E assim que ele apanhou da água e lavou-se,

A todos logo com clareza viu.

Havia sido cego desde menino,

Achou-se diante das autoridades

E testemunhou das doces verdades,

De como o Mestre mudou seu destino.

Procurou conhecer quem lhe deu a luz,

Quando o encontrou lhe esboçou gratidão.

Serviu ao Mestre de todo coração

Testemunhando a vitória da cruz.

(Sebastião Barros)

29/10/2009

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 29/10/2009
Reeditado em 04/03/2011
Código do texto: T1894468
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.