Cura Indireta
Perguntou o mestre a um cego que o encontrou:
Tu podes crer que eu posso te curar,
De tal forma que possas enxergar?
Creio, disse o cego, e junto a ele ficou.
O cego, paciente esperou o Senhor,
Sabia que ele era o messias de Israel,
E o podia livrar da cegueira cruel;
Por isso, recorreu ao seu grande amor.
Jesus vendo que nele havia fé,
Antes que pudesse se embaraçar,
Untou seus olhos e os mandou lavar
Lá na velha cisterna de Siloé.
Jesus podia ter logo lhe curado,
Mas quis fazer a obra indiretamente.
O cego foi ao tanque ligeiramente,
Fazer o que o Senhor tinha mandado.
Ao ir ele a fonte a multidão o seguiu,
Ao chegar a cisterna logo baixou-se.
E assim que ele apanhou da água e lavou-se,
A todos logo com clareza viu.
Havia sido cego desde menino,
Achou-se diante das autoridades
E testemunhou das doces verdades,
De como o Mestre mudou seu destino.
Procurou conhecer quem lhe deu a luz,
Quando o encontrou lhe esboçou gratidão.
Serviu ao Mestre de todo coração
Testemunhando a vitória da cruz.
(Sebastião Barros)
29/10/2009