Esporas no silêncio

Soturno silêncio severo

Que cala o covarde profeta

Abortando a aurora no peito

Cais da sublime e ardente espera.

Por que te calas arauto do Mestre?

Vergonha? Fleuma? Inércia?

Tua omissão é impertinente

Teu salário é eterno, contínuo, perene

Então volta ao ofício: Grita! Brada! Protesta!

"Grande é a Seara, poucos os ceifeiros"

Palavras do divino poeta,

Tens o santo Espírito, fidedigno amigo,

Desculpas são vãs, coragem, levanta e prega!