Como Pedro

Senhor, fui como Pedro

Disse que o amava até verter o sangue

E no coração exaltá-lo mais que todos

Tomar a cruz e segui-lo.

Cantei uma coragem que não tinha. Deixar tudo por ti.

Declarar em alto que O amava mais que a própria vida.

Mas palavras não sabem amar.

Quantas são ditas em acalorados verbos de amor em vozes de indiferença..

Pensei que amava fazendo muito. Em teu nome suando, correndo.

Mas fazer não basta para amar.

Tantos fazem e esquecem o chamado para ser.

Filhos, adoradores, amigos para louvor da sua glória.

Onde tu podes encontrar prazer e doce amizade em comunhão ensolarada.

Quando somos, nos deparamos contigo.

Nos confrontamos com nosso eu e nos assustamos com o reflexo.

Quem tenho sido nas tempestades?

Um fiel adorador ou cobrador de bonanças?

O mau tempo não pode roubar o louvor de quem te ama.

E mesmo se em tantos projetos disseres não

Entender que não permites por amor .

Amarei tanto a ponto de como tu

Não murmurar quando injustiça sofrer

Regozijar por que é motivo de galardão?

Amor despido de religiosismo, sórdidas intenções.

Após o cantar do galo, Senhor amei-te como Pedro.

Minha alma chorou amargamente.

Cada soluço uma confissão, cada gemido uma humilhação.

Ó Mestre, não permita que me ache tão próximo estando

Tão profundamente distante.

Que teus mandamento não sejam versos vazios lançados aos ventos

Tua vontade seja meu alimento, minha bebida.

Como Pedro te amou em fé, arrependimento, mudança.

E já não mais como Pedro, mais como tu, em graça, perdão e sacrifício vivo.

Renan Moraes
Enviado por Renan Moraes em 19/08/2009
Código do texto: T1761806
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