DOCE COLHEITA

DOCE COLHEITA
Jorge Linhaça

25/07/05



As sementes espalhadas

Ao longo deste caminho

Devem ser bem cultivadas

Para dar flores, não espinhos



Semente em meio a pedras

Não fixam bem a raiz

Vindo o sol logo a seca

Não cresce, não é feliz



Semente à beira do caminho

Exposta ao tempo e relento

São levadas pelos passarinhos

Que fazem delas alimento



Semeadas entre espinhos

Crescem e são sufocadas

São carentes de carinho

Sementes abandonadas



Se caem em solo adubado

Aí sim, que contentamento

Florescem e dão belos frutos

Cada qual no próprio tempo



É essa semente lançada

Cuidada de forma perfeita

Cultivada e bem regada

Que nos dá a doce colheita