Não Permita, Senhor!

" Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há alarido de guerra no arraial.

Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido de vencedores nem alarido de vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. " ( Ex. 32:17-18)

Não permita, Senhor

Encontrar-me entre multidão

Que caminha a passos silentes

Por calma e anestesiante estrada

De fé comprada por presentes.

Não permita, Senhor

Que minha vida se sustente

Em palavras que não sejam

Reveladas sob a verdade de tua luz

Vaidade minha, cativa à tua vontade

Derrotada seja pelo trabalho da tua cruz.

Não permita, Senhor

Sejam promessas tuas,

Feitas aprazível espetáculo banal

Onde nem vencido, nem vencedor

O meu grito seja

Apenas alarido dos que cantam

No meio do teu arraial.

Não permita, Senhor

Olhos teus me examinem

E a encontrar em falta

Meu espírito esteja.

E diante de ti, minhas obras todas ,

Reprovadas sejam, pois de ti vazias

Por Ti um estranho, eu considerado seja.

Obed R. Souza

09/06/09