“DEUS ONIPOTENTE”
Agora vou versejar
Ao nosso Deus onipotente
Para mostrar que a gente
Ninguém pode derrubar
Pode o mar se levantar
Pode soprar o tufão
E estourar o vulcão
Que eu não saio do lugar.
Pode a terra se abrir
E o sol se escurecer
Pode a lua derreter
E o corisco cair
A incerteza do porvir
Em mim não mete medo
Que o amanhã não é segredo
Para o Deus de Jurandir.
Não tenha medo irmão
Daquelas setas do dia
Que o Filho de Maria
Sustenta na sua mão
Se o infame do cão
For perturbar você
Bote ele pra correr
Com jejum e oração.
Se o seu irmão lhe trai
Não fique tão ofendido
Por também foi traído
O Filho do Santo Pai
E se uma cova vai
Para você ser aberta
Pode ficar na certa
Que quem abrir nela cai.
As lágrimas do seu rosto
Caem como de bica
De tanto sofrer você fica
Marcado pelo desgosto
Não saia do seu posto
Espere mais um pouquinho
Que lá do céu ligeirinho
A bênção vem a seu gosto.
Não temo chuva, trovoada
A secura do deserto
O inimigo que perto
Se finge de camarada
Tá na Bíblia Sagrada
Que pelo Sangue de Jesus
Derramado lá na cruz
Minha alma foi comprada.
Não reclamo das pancadas
Que eu recebo do mundo
Porque sei lá no fundo
Já tenho bem reservadas
Vestes brancas, bem cuidadas
E também o meu troféu
Que receberei no céu
Do Homem das mãos furadas.
A morte quando chegar
Vai me encontrar bem sereno
Porque Jesus nazareno
Promete conosco está
Aquele que perseverar
E Dele não se esquecer
E se com Ele morrer
Certamente viverá.
No Senhor pode confiar
Ponha seu caminho na mão Dele
E pode esperar que Ele
De certo tudo fará
Agora vou versejar
Ao nosso Deus onipotente
Para mostrar que a gente
Ninguém pode derrubar.