Tudo em vão
Tudo em vão
Quando alguém assenta-se a mesa,
e saboreia melhor comida,
migalha de alfarroba será fútil,
por mais que lhe ofereça será inútil,
pois ja saciou com alimento da vida.
Ao beber da fonte cristalina,
coisa que nunca teria visto.
Gotas que escorrem do lamaçal,
caso visse , se sentiria mal,
será inválida a ação do misto.
Sendo iluminado pela luz divina,
nada mais lhe prende à atenção,
ninguém o servirá com candieiro,
o suficiente ja fez o cordeiro,
nula será qualquer invenção.
Ao gozar da beleza do paraíso,
não precisaria de grãos do deserto.
Lágrimas ? Seus olhos jamais choram,
a paz e a felicidade com ele moram,
nada mais precisa, tenha por certo.
Gilson Felinto