ZÉ MANÉ
la vai o Zé Mané
dando passos de garça
andando de quatro pé
fedendo a cachaça
Zé Mané era eu mesmo
quando ainda bebia
andava na rua a esmo
quando não caia.
de garrafa na mão
quando não estava no bico
ou espatifada no chão
as vezes era um litro.
era eu um viciado
alcoólatra quero dizer
só vivia caneado
meu mundo era beber
ate que um belo dia
minha vida toda mudou
a garrafa estava vazia
e alguém me perguntou:
Zé Mané o que tu achas
de parar de beber?
queres morrer da cachaça
ou sobriamente viver?
olha,querer eu quero
a verdade é que não consigo
ja me vi num cemitério
bem mais morto que vivo.
Zé Mané olha para cima
me diga o que tu ve
diga logo nesta rima
quem é que chama voce.
eu vejo um facho de luz
qurima ate meu olhar
pare ce o tal de Jesus
que sorrindo comigo esta.
sera que ja morri?
que a maldita me venceu?
com eu não percebi
me ajuda Jesus de Deus.
que queres que te faço
pergunta-lhe uma vóz
por favor me de seu braço
não me deixa aqui a sós
peço agora perdão
por todos os meus pecdos
por favor me de sua mão
ó Jesus crucificado.
nisto Mané acorda
ve em sua frente um guri
do pileque nem recorda
mesmo assim ele sorri.
fala então ao garoto
papai vai parr de beber
sonhei que estava morto
que Jesus veio me ver
pedi a ele perdão
e o perdão recebi
vou servi-lo agora então
esquecer que ja bebi
o menino pequeno
diz:Jesus obrigado
papai estava morrendo
e acorda perdoado
quanto garoto existe
tendo um pai Zé Mané
cada história tão triste
que escrever me dói ate
aind bem que Jesus
não foi a cruz a toa
hoje é um facho de luz
é a vóz que em nós ecoa
dando luz e perdão
dando força e fé
fazendo ser meu irmão
ate o Zé Mané
LADISLAU FLORIANO
POETA DE CRISTO