Ovelha Desgarrada
Pelas calçadas,
De folhas cobertas,
Ando como criatura abjeta.
Do amor me escondo,
Disfarço-me, adormeço.
Dos pecados não me afasto,
Vivo a segui-los sem sabor.
Dia e noite de choros ocultos,
Sussurrando orações em vão,
Sinto morrer, aos poucos,
A minha alma desgarrada.
Por que, Senhor,
Apesar de tudo isso que sou,
Tu vens como um auxílio
E seguras minha mão nesta travessia?