Restaurando o contrito
Enquanto minha alma derramo
Diante do trono da graça
Escuto uma voz que me abraça:
- Sossega, querido, eu te amo
- Acalma o soluço sofrido,
Que manso chegou ao ouvido
Daquele que ama o contrito
No dia da paz ou do grito
- A lágrima limpa que brota
Denota um espírito santo
O pranto que Cristo desperta
Liberta o fiel da derrota
- E agora, passado o assombro,
Repousa tranqüilo em meu ombro;
Do amor deste instante sagrado
Escreve em teu peito um recado:
- Por amor a meu Pai amoroso
Abandono esse andar cambaleante
Enxugando meus olhos, com gozo,
Posso ver o meu alvo adiante
- Sem olhar para trás eu prossigo
Pois Jesus leva o fardo comigo
E em erguendo meus olhos avisto
O encontro perfeito com Cristo.
Wolô
wolo@mail.com