LA VAI VOCE DE NOVO
Lá vai você de novo
Sai bem cedo para o trabalho
Ás vezes ate um quebra galhos
Mais um dentre o povo
Cabisbaixo, parece que se esconde
Você caminha nem sabe pra onde
Mais um dentre todos.
Semblante fechado
Sorriso que não se vê
Lagrimas a se esconder
Num coração magoado.
Numa vida sem objetivos
Um morto vivo
Dia a dia a morrer.
Uma flor que murcha, uma rosa
Uma mera bijuteria
Que noutros dias
Fora preciosa
E agora?
Você chora.
E o choro não alivia.
É ai que você ao passado retorna
Relembra momentos de fartura
Da formosura
Que fora outrora.
Você não se justifica
Mas sim suplica
Ao Deus das alturas
E o que é mais bonito
É que ele te ouve, da-lhe a resposta.
E você de mãos postas
Agora aos gritos
Toma consciência
Pede clemência
E o senhor gosta.
Te ceita-te e perdoa
Acolhe-te e cura
Devolve-te a brancura
Teu nome ecoa
No céu és lembrado
E remido os pecados
Acabou-se a secura.
LADISLAU FLORIANO-POETA DE CRISTO